terça-feira, 29 de março de 2011

Curitiba - Cidade da Gente


Disco "Curitiba. Cidade da Gente”. Os meninos da capa são Francisco Destéfanis Vítola e Zoltan Gallera, aos 3 anos de idade. A foto é de Márcio Santos. Criação de Paulo Vitola e Soruda. Década de 80


Tema para Curitiba


Curitiba você meu chamego

Meu chão

Meu sossego café e matinê

Pode saber

Que meu sonho viaja

Nas suas calçadas de petipavê

Me enrosquei em você

Nos babados desta saia

Pelo fio de minha raia

Me enrosquei pode crer

Pode saber Curitiba você meu trabalho

Meu pão

Agasalho meu jeito de ser

Pode saber

Que meu canto se embala

No bonde amarelo Estação-Juvevê

Me enrosquei em você

Pelo fio do meu pião

Enrosquei pra sempre

O meu coração


Paulo Vitola

quinta-feira, 17 de março de 2011







Fã de carteirinha!!!!


AMY-A OU DEIXE-A!

Amy Winehouse é um ícone de estilo, trazendo em seu "look" uma mistura diversificada de estilos: os olhos são cobertos por um forte delineador, que lembra o visual de cantores de rock; o cabelo (característica mais marcante no seu visual) é inspirado nos penteados das divas dos anos 1960, passando assim, um pouco de charme e imponência; as roupas são modernas, como ela mesma diz "Eu vivo de jeans e camiseta, não me preocupo muito com as roupas, mas para me apresentar meu cabelo precisa estar ótimo."suas roupas são simples; as sapatilhas de balé, que estão quase sempre com a cantora.

Reabilitação
Tentaram me mandar pra reabilitação
Eu disse "não, não, não"
É, eu estive meio caída, mas quando eu voltar
Vocês vão saber, saber, saber
Eu não tenho tempo
E mesmo meu pai pensando que eu estou bem;
Ele tentou me mandar pra reabilitação
Mas eu não vou, vou, vou
Prefiro ficar em casa com Ray (Charles)
Não posso ficar 70 dias internada
Por que não há nada
Não há nada que possam me ensinar lá
Que eu não possa aprender com o Sr. (Donny) Hathaway
Não aprendi muito na escola
Mas sei as respostas não estão no fundo de um copo
Tentaram me mandar pra reabilitação
Eu disse "não, não, não"
É, eu estive meio caída, mas quando eu voltar
Vocês vão saber, saber, saber
Eu não tenho tempo
E mesmo meu pai pensando que eu estou bem;
Ele tentou me mandar pra reabilitação
Mas eu não vou, vou, vou
O cara disse: "Por que você acha que está aqui?"
Eu disse "não faço idéia
Eu vou, vou perder meu amor
Então eu sempre mantenho uma garrafa por perto"
Ele disse "acho que você só está deprimida,
Me dê um beijo aqui, amor, e vá descansar"
Tentaram me mandar pra reabilitação
Eu disse "não, não, não"
É, eu estive meio caída, mas quando eu voltar
Vocês vão saber, saber, saber
Eu não quero beber nunca mais
Eu só oh, só preciso de um amigo
Não vou desperdiçar dez semanas
Pra todo mundo pensar que estou me recuperando
Não é só meu orgulho
É só até essas lágrimas secarem
Tentaram me mandar pra reabilitação
Eu disse "não, não, não"
É, eu estive meio caída, mas quando eu voltar
Vocês vão saber, saber, saber
Eu não tenho tempo
E mesmo meu pai pensando que eu estou bem;
Ele tentou me mandar pra reabilitação
Mas eu não vou, vou, vou

Mudou Curitiba, ou mudei eu?




quarta-feira, 2 de março de 2011

Curitiba - Av. Cândido de Abreu

O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, informou nesta sexta-feira (28), durante o Paraná TV 2ª Edição, que a Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico da capital, será reformulada para receber um calçadão entre as pistas destinadas ao tráfego de carros.
A obra vai custar R$ 18 milhões, sendo que R$ 4 milhões foram adquiridos via empréstimo pela Caixa Econômica Federal e R$ 14 milhões são recursos próprios da prefeitura. A intervenção começa em agosto e as obras devem se estender por um ano. Até 2013, o projeto prevê que o calçadão chegue até a Praça Tiradentes.
Em entrevista ao G1, o prefeito afirmou que a intervenção tem como objetivo privilegiar quem trabalha na Avenida Cândido de Abreu e proximidades e também aquelas pessoas que utilizam as unidades jurídicas, as agências bancárias e que caminham pelo local diariamente. “Tudo isso sem prejuízo para os carros”, afirmou Ducci.Segundo o prefeito serão cinco pistas no sentido bairro-centro e três no sentido centro-bairro. O calçadão vai ficar entre essas pistas. Será, explicou Luciano Ducci, um espaço de lazer arborizado, com quiosques, com floreiras e internet sem fio gratuita.

A casa do "Vampiro de Curitiba"

Desconfie de quem critica Dalton Trevisan dizendo que ele “faz sempre a mesma coisa”. Nos textos em que alguns enxergam repetição, outros veem as características de um escritor único na literatura brasileira (ao menos entre os vivos). Quem mais no país tem marcas tão pessoais que uma frase formada por dois sinais gráficos (“– ?”) basta para atestar sua autenticidade? Um legítimo dalton trevisan é inconfundível.
As elipses do contista curitibano, de 84 anos, levaram a “teoria do iceberg”, de Ernest Hemingway, a um extremo visitado por poucos. Para o autor americano de O Velho e o Mar, o importante num conto é apenas sugerido pela pequena parte vísivel dele – como a ponta de uma geleira.
Parte das 22 histórias inéditas de Violetas e Pavões, novo livro de Trevisan publicado pela Record, sua editora há mais de três décadas, são de uma brevidade atordoante. As frases não têm pontuação, são curtas – às vezes, muito curtas – e ocupam um parágrafo cada. É como se não tivessem fim nem começo: “tudo foi culpa da mulher/ ficando em casa nada acontecia/ bem na noite do cursinho dela; agora com a mania de aula/ antes cuidasse do maridinho na noite dessa desgraça”.
Quem vê a coloquialidade do texto “A Culpada”, ou de qualquer outro conto da antologia, pode achar simples transcrever para o papel o modo de falar de um ex-viciado em crack, ou de uma senhora mãe de um garoto perseguido pelo tráfico. A simplicidade é só aparente.
Outro que transcreve o modo de falar das ruas, o americano Ri­­chard Price, do romance Vida Va­­dia, explica que as pessoas não costumam completar frases, usam gírias demais e são muito repetitivas. Criar diálogos “fiéis” ao linguajar dos enjeitados tornaria o texto ilegível. É preciso criar mecanismos que consigam reproduzi-lo e, de quebra, fazer literatura.
É assim que funciona, em “Cachaça e Pamonha”, de Trevisan: “Tudo ia bem. Daí o meu assassino ganha condicional. E me rouba a única riqueza do pobre, que é você dormir em paz”.
Price tem amigos no submundo nova-iorquino e passa um bocado de tempo ao lado deles. Quanto ao paranaense, se pode apenas supor que tenha informantes, sejam eles jornais sangrentos ou vendedores de loteria.
Violetas e Pavões tem também contos que são aulas de anatomia feminina e falam de sexo – descrevendo inclusive cenas bem quentes – usando metáforas a maior parte do tempo e quase ne­­nhuma palavra chula. Pense no que pode significar “colmeia de vespas laboriosas”, “dunas movediças”, ou “cravo rosáceo violeta”…
As sacanagens descritas só se tornam pornográficas no último se­­gundo. A intensidade vivida pe­­los personagens é experimentada pelo leitor, que é preparado “em fo­­go brando”, numa referência a ou­­tra cena, até alcançar as frases em que ação é escancarada e as me­­tá­­foras, deixadas de lado.
Não faltam referências a Curitiba – os pavões do título estão no passeio público e o lendário Tiki-bar ainda existe na ficção – e a outros escritores. Trevisan usa, por exemplo, J.D. Salinger, o americano recluso que escreveu Apanhador no Campo de Centeio. O conto “Lábios Vermelhos de Paixão” cita a frase de Salinger sobre o som “de uma única mão que bate palmas”, dando a ela um significado sexual – e genial.